EBD

 

·                                 BÊNÇÃO DE DEUS, RESPONSABILIDADE NOSSA

por Josivaldo de França Pereira

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O objetivo deste artigo é chamar a atenção para o valor e importância que devemos dar à escola dominical.
Fundada na Inglaterra pelo jornalista evangélico Robert Raikes, em 1780, a escola dominical foi uma criação que deu certo. Tão certo que os primeiros missionários que aqui chegaram procuraram organizá-la imediatamente. O casal Robert e Sarah P. Kalley fundou a primeira escola dominical no Brasil em 19 de agosto de 1855. E a escola dominical existe até hoje!
Não é por acaso que a escola dominical existe até hoje. Ela é parte integrante da Igreja do Senhor Jesus Cristo, de quem temos a promessa de que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). A escola dominical é uma bênção de Deus com características próprias, isto é, por mais que uma pessoa participe dos cultos e das atividades da semana de sua igreja, tem coisa que só será aprendida na escola dominical.
Infelizmente não são poucas as pessoas que fazem opções em detrimento da escola dominical. Será que essas pessoas sabem o quanto estão perdendo? Pense bem: Ausentando-se da escola dominical quem perde as bênçãos de Deus é você.

A ESCOLA DOMINICALE A RESPONSABILIDADE DO ALUNO

O segredo de uma escola dominical dinâmica e eficaz depende, e muito, do aluno. E como deve ser o aluno da escola dominical? Qual o perfil do aluno ideal? Antes de respondermos essas perguntas, é importante dizer que por aluno ideal não nos referimos, propriamente, a um ser extraordinário: brilhante, gênio, super intelectual. Não, o aluno ideal é antes de tudo uma pessoa bem intencionada. Como assim? Ele é dedicado: Assíduo, pontual, responsável. Vai à escola dominical com prazer e não para dizer simplesmente “estou aqui”, “cheguei” ou “agora o superintendente não vai pegar no meu pé”. O verdadeiro aluno da escola dominical não pensa assim. Ele faz a lição de casa. Lê a Bíblia e sua revista; anota suas dúvidas e vem disposto a colaborar seriamente na sala de aula.
É lamentável quando o aluno vai à escola dominical sem ter estudado durante a semana; sem sua Bíblia e/ou sem revista. E olha que eu não estou falando dos pequeninos, e sim, de gente grande mesmo! Pode parecer grosseiro de minha parte, mas muitas vezes eu me ponho a pensar: “O que alguém que não leva Bíblia, revista (ou algo semelhante), e que não estuda em casa vai fazer na escola dominical?”. Aprender? Duvido! Não se pode aprender quando o básico é menosprezado.
De uma coisa precisamos estar cientes: 50% ou mais do bom desempenho do professor numa sala de aula depende de seus alunos. É o que eu costumo dizer aos meus alunos, sem querer jogar sobre eles a responsabilidade que cabe a mim.
Quando o aluno não se prepara em casa, conforme já mencionamos acima, ele perde a oportunidade de contribuir com algo mais. Contribuindo ganha a classe e o professor também. Muitos dos alunos que ficam calados durante a exposição do professor cometem o erro (para não dizer “pecado”) da negligência semanal. É preciso que você aluno reverta esse quadro se porventura está sendo negligente; pois quantas vezes a culpa de uma aula má dada recai sobre o professor quando na realidade o culpado é outro. É claro que o professor tem suas responsabilidades, como veremos adiante, mas nenhum professor, a menos que esteja doido, teria coragem de se colocar diante de uma classe sem que estivesse adequadamente preparado.
Seja professor, ou seja aluno, ambos devem fazer tudo para a glória de Deus.

A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DO PROFESSOR

O bom professor é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: “…o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a dedicação total desse ministério. Dedicação que resultará num progresso constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e crescimento espiritual de seus alunos; quer seja em relação a sua própria vida cristã.
O professor da escola dominical deve ser o primeiro a viver o que ensina. A classe nunca deve ser subestimada (muito menos a dos pequeninos). Ela saberá se o professor está sendo sincero no que diz. Como também saberá se o professor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última hora e preparar a aula às pressas nunca dá certo. Quando o professor não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus.
Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nunca deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e ensinar o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa. O professor da escola dominical deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante que o professor conheça seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais natural e eficaz de sua aula.
Quanto ao preparo e a exposição da aula propriamente dito, os editores dos Estudos Bíblicos Didaquê apresentam sugestões preciosas que ajudarão em muito os professores da escola dominical. Com ligeiras adaptações passo a transcrevê-las:
Utilizar sempre a Bíblia como referencial absoluto.
Elaborar pesquisas e anotações, buscando noutras fontes subsídios para a complementação das lições.
Planejar a ministração das aulas, relacionando-as entre si para que haja coerência e se evite a antecipação da matéria.
Evitar o distanciamento do assunto proposto na lição.
Dinamizar a aula sem monopolizar a palavra oferecendo respostas prontas.
Relacionar as mensagens ao cotidiano dos alunos, desafiando-os a praticar as verdades aprendidas.
No final da aula, despertar os alunos quanto ao próximo assunto a ser estudado, mostrando-lhes a possibilidade de aprenderem coisas novas e incentivando-os a estudar durante a semana.
Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e colocando-se diante de Deus como instrumento para a instrução de outros.
Verificar a transformação na vida dos alunos, a fim de avaliar o êxito de seu trabalho.
Duas coisas, pelo menos, têm levado muita gente a perder o interesse pela escola dominical hoje em dia, ou seja, a falta de criatividade do professor e dinâmica das aulas. Professor: Faça de sua aula algo interessante; seja criativo, gaste tempo nisso. Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz.
É necessário que o professor da escola dominical veja seu trabalho como o ministério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível. “… o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7).

A ESCOLA DOMINICALE A RESPONSABILIDADE DOS PAIS

A responsabilidade dos pais crentes com a escola dominical é dupla. Em primeiro lugar, os pais precisam ser assíduos e freqüentes na escola dominical. Os pais que vão somente ao culto vespertino, achando que faltar na escola dominical não tem tanto problema, certamente deixarão de progredir como deveriam na vida cristã. A presença dos pais na escola dominical é imprescindível, pois, afinal de contas, nós pais somos (bem ou mal) modelos para os nossos filhos.
Em segundo lugar, os pais precisam levar seus filhos à escola dominical. Gostaria de dar a esse segundo ponto uma atenção especial, visto que está diretamente relacionado ao anterior. Portanto, vamos entender a coisa da seguinte maneira: por que os pais precisam estar na escola dominical? De um lado, porque todos precisam aprender mais e mais das verdades do Senhor; por outro lado, por causa dos filhos. Perdoe-me a batida na mesma tecla mas isso é importante. Os filhos desejam e precisam ver nos pais a seriedade no trato com a escola dominical. E isso, por si só, deve ser motivo de reflexão para os pais , pois os pais precisam, pela vida e pela palavra, mostrar aos filhos que a escola dominical é um importante veículo de crescimento espiritual.
Geralmente as crianças não apreciam levantar cedo para ir à escola dominical. Boa parte delas já faz isso durante a semana. Porém, os pais devem passar para os filhos que a escola de domingo também é especial por uma série de razões. Erra o pai ou a mãe que acha que não deve levar sua criança à escola dominical, apenas porque ela está cansada por estudar durante a semana, ou porque brincou demais no sábado ou foi dormir tarde por causa daquela festa na igreja. Esse é um tipo de compaixão que não procede. É nessa hora que os pais, amigavelmente, devem mostrar aos filhos que a escola dominical é especial para toda a família.
Lembro-me de um fato ocorrido em uma igreja da qual fui pastor. Quando perguntei a uma irmã porque não trouxe o filho, que na época devia ter cinco anos de idade, ela me respondeu: “Ele não quis vir”. Eu não sei como está ou por onde anda aquele que agora é um rapaz. Receio que ele tenha seguido o caminho de seus irmãos mais velhos que abandonaram a igreja porque a mãe comodamente aceitava o fato de que eles não quiseram vir.
Papai e mamãe, levem seus filhos à escola dominical, tenham eles vontade ou não. Cumpram as suas responsabilidades como um dia prometeram a Deus quando levaram seus filhos para serem batizados ou apresentados. Pois, como no caso daquela mãe, amanhã poderá ser tarde de mais para chorar o que podia ser evitado ontem.

A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DO SUPERINTENDENTE

O superintendente da escola bíblica dominical é muito mais que uma simples pessoa que faz a abertura e encerramento da escola dominical e promove a comemoração de algumas datas importantes e eventos especiais. O superintendente ou diretor(a) da EBD é o irmão ou irmã em Cristo designado(a) pela igreja para administrar a escola dominical com competência e seriedade, visando a edificação e a maturidade do corpo de Cristo.
Antes de tudo, o superintendente deve ser alguém verdadeiramente compromissado com Deus e a igreja. Deve ser exemplo dos fiéis, não neófito, mas pessoa qualificada para comandar o corpo de Cristo. Deve ser assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres, irrepreensível na moral, são na fé, prudente no agir, discreto no falar e exemplo de santidade de vida. Qualidades que devem acompanhar, no mínimo, todo crente, e principalmente aquele que recebeu a graça da liderança; a saber: pastor, presbítero, diácono, professor, etc.
Além disso, o superintendente deve ser uma pessoa preparada academicamente. Destaco a palavra “academicamente” de propósito. O que isso quer dizer? Quer dizer que o superintendente não precisa necessariamente ser um expert em educação cristã, mas precisa ter noção do que ela significa e representa. Afinal de contas, é com professores que o superintendente está lidando e é a qualidade do bom ensino que ele estará supervisionando. Pensando nisso, um experiente diretor de escola dominical escreveu aos superintendentes: “Os seus professores ensinam com qualidade? Ou estão se repetindo diante da classe? Preparam devidamente a lição, ou já se acostumaram aos improvisos?”. E continua: “Que os seu professores não se contentem com o preparo já conseguido. Incentive-os a ler, a estudar, a pesquisar, a descobrir novas metodologias, a se tornarem especialistas não apenas no currículo e na aula a ser ministrada, como também na pedagogia e na didática”.
Como eu disse, o superintendente não precisa ser um especialista, mas é necessário que tenha algum conhecimento pedagógico. Se tiver experiência como professor, melhor ainda.
Some-se a isto a visão do superintendente. Se o superintendente pensar administrativa e pedagogicamente, o que é ideal, ele não apenas saberá conduzir a igreja bem, no sentido de unidade de propósitos, mas também zelará pelo aperfeiçoamento de seus professores. Promoverá encontros, congressos e uma série de eventos que ajudarão na formação e reciclagem dos professores.
O superintendente é o carro-chefe da escola dominical que, em comum acordo com o pastor, melhorará toda a escola dominical quando melhorar seus professores. Quando se investe na liderança da escola dominical todo mundo sai ganhando.
Finalmente, mas não menos importante, o superintendente precisa ser dinâmico a fim de dinamizar sua escola dominical. Para isso precisa se atualizar e se inteirar do trabalho de outros superintendentes. Deve ser uma pessoa inovadora, com idéias saudáveis que revigoram a escola dominical. Eu acredito na escola dominical porque, como dissemos no início deste artigo, é uma bênção de Deus e por isso deu certo. Entretanto, a escola dominical precisa passar por um processo constante de revitalização. Meu irmão superintendente: torne a sua escola dominical dinâmica, criativa, bíblica e funcional. Algo que dá gosto de se vê e participar. Promova, juntamente com seu pastor e professores, o vigor e a saúde da escola dominical através da motivação de seus alunos. Evite a rotina, a monotonia e aquela mesmice insuportável. As aulas da escola dominical devem ser prazerosas. Da criança ao adulto que levantam cedo para ir à igreja, a escola dominical deve ser algo que valha a pena por causa do conteúdo e didática do ensino e (por que não?) por causa do agradável local de estudo. Olhe com carinho para tudo isso e Deus, com certeza, o recompensará.

A ESCOLA DOMINICALE A RESPONSABILIDADE DO PASTOR

Como ministro do evangelho, sei que não são poucas e nem pequenas as responsabilidades do pastor. Comecemos com algumas de suas atribuições. Compete ao pastor: orar com o rebanho e por este; apascentá-lo na doutrina cristã; exercer as suas funções com zelo; orientar e superintender as atividades da igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus; prestar assistência pastoral; instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados; governar.
Escrevendo aos efésios, diz o grande pastor e apóstolo Paulo: “E ele mesmo (Jesus) concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.11-15).
Pelo que podemos perceber das atribuições e vocação do pastor, o ensino (no mais amplo sentido do termo) é a característica prioritária do ministério pastoral. O zelo e a responsabilidade doutrinária do pastor o tornam necessariamente ligado à escola dominical. Ele é o superintendente ex-officio da escola dominical. Por isso mesmo, ao pastor nunca jamais deve faltar a informação necessária acerca do que está sendo ensinado na escola dominical. Para isso, o superintendente deve ser seu maior aliado. Um verdadeiro braço direito na condução da igreja. O superintendente que não estiver disposto a andar com o seu pastor não conseguirá promover a paz e a unidade no corpo de Cristo. Enfim, o pastor precisa saber o que os professores ensinam ao seu rebanho, quem ensina e como se ensina. Esta informação ele adquirirá primeiramente com o superintendente e através das constantes reuniões com o conselho de ensino.
O pastor deve ser um verdadeiro conselheiro no meio de seus auxiliadores. Diálogo é fundamental. É imprescindível que o pastor e a liderança da escola dominical falem uma só língua e se ajudem mutuamente, conforme recomenda Paulo em 1 Coríntios 1.10: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma cousa, e que não haja entre vós divisões; antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no parecer”. A escola dominical agradece!
Ademais, pela experiência e formação pastoral que tem, o pastor precisa estar atento às carências de seus professores e superintendente. Ele deve zelar pelo aprimoramento de sua escola dominical investindo pesado em sua liderança. Precisa indicar e sugerir bons livros, mostrando a importância e valor da leitura. Também, é necessário que o pastor incentive a sua liderança a participar de e a promover eventos educacionais. Acredite: O pastor é a chave que abre a porta do sucesso da escola dominical. Se você, pastor, tiver visão pedagógica, além de administrativa é claro, ninguém segurará sua escola dominical. O Espírito Santo gosta de pessoas assim e quer usar pessoas assim.
Além disso, é necessário que o pastor tenha propósitos permanentes e bem definidos para a escola dominical. Quais devem ser os objetivos do pastor para a escola bíblica dominical? São basicamente estes: 1) promover a edificação da igreja na Palavra para o serviço, 2) ganhar vidas para Cristo e discipulá-las e 3) formar líderes capacitadores.

<span style="Adobe Fangsong Std R" ;="" color:black"=""> Sete princípios para o crescimento espiritual

Neste ano que se inicia, o que devemos desejar em primeiro lugar é crescimento em comunhão e em intimidade com o Senhor. Nenhum projeto deveria ser mais trabalhado do que o projeto pessoal de conhecer mais a Deus e de alcançar crescimento na vida espiritual.

 

Para crescermos espiritualmente precisamos seguir alguns princípios espirituais. Há muitas maneiras de crescermos na vida cristã e na comunhão com Deus. Na lição de hoje, apresentamos alguns princípios mais vitais e primordiais para o crescimento espiritual. Vamos estudá-los!
 
1. Aprenda a esquecer
 
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendome das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Fl 3.13-14).Em certo sentido, esqueça as bênçãos do passado, ou seja, não fique preso ao passado e no que um dia você já recebeu.Deus tem algo novo para você hoje. Nada impede mais o seu contínuo crescimento do que a idéia de que como está já é suficiente. O maná deveria ser colhido diariamente e se o povo de Israel guardasse para o dia seguinte ele apodreceria.Precisamos de uma porção de Deus a cada dia.Mas, ainda mais importante que esquecer as bênçãos já recebidas, é esquecermos os erros cometidos. Os pecados confessados devem ser deixados para trás. Não permita que acusações do inimigo prendam sua vida no passado da
acusação. Em Isaías 43.25, lemos que o Senhor mesmo apaga nossas transgressões e não se lembra mais de nossos pecados: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que na se lembra mais de seus pecados”. Esquecer as próprias falhas significa se perdoar. Muitos não se perdoam e vivem se martirizando pelos erros do passado. Se quiser crescer espiritualmente, você deve crer no que diz a Palavra de Deus e andar de cabeça erguida e livre dos pecados perdoados por Deus. Muitos têm ficado paralisados numa lamúria sem fim em cima de algo que já passou. Não podemos mudar o que já passou, mas podemos mudar o presente, ficando de pé e avançando para um futuro melhor, para o alvo de Deus para nossas vidas.
 
2. Aprenda a perdoar
 
Falar de perdão é falar da graça de Deus, é falar da capacidade de recebê-la, mas também de oferecer aos outros uma memória apagada, sem registros. Perdão é dar ao próximo outra chance. É permitir reparação. Quem não admite reparação é porque não possui um coração perdoador.
Perdão não existe na natureza. É algo do céu. Ele veio para a terra quando Jesus desceu a nós. Somente um povo celestial é capaz de liberar perdão.
Perdão é saúde física e espiritual.Somente quem sabe o que é ser um pecador pode liberar perdão. O perdão é para o pecador e só flui do coração de
alguém que se reconhece pecador. Perdoar é dar o que recebemos. Porque fomos perdoados nós perdoamos. Jesus nos ensinou a orar, dizendo: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Perdão é generosidade, é graça, é um favor imerecido. Só podemos perdoar quem não merece. Mas se escolhemos nunca perdoar, se escolhemos esconder num cantinho do nosso coração as mágoas e ressentimentos, um peso nos impedirá de crescer espiritualmente e sentiremos um bloqueio crescente para as coisas de Deus. Perdoar é liberar quem nos deve,mas é também nos liberarmos a nós mesmos para continuar avançando em direção ao propósito e à vontade de Deus para as nossas vidas.
 
 
 
3. Aprenda a orar
 
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido (João 15.7).Em João 15 lemos que se permanecermos em Jesus, suas as palavras permanecerão em nós e poderemos pedir o que quisermos que nos será atendido. Se quisermos crescer espiritualmente, precisamos revigorar totalmente nossa vida de oração e petições a Deus. Temos um tesouro de bênçãos espirituais reservadas para nós (leia Efésios 1.3), mas não as receberemos se não pedirmos. Jesus mesmo disse: “Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e
receberão, para que a alegria de vocês seja completa” (Jo 16.24). E Tiago 4.2-3 acrescenta: “Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm,porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres”. Todo crescimento espiritual é conquistado de joelhos, gastando tempo em oração e aprendendo a orar, a interceder e também a ouvir a Deus e seguir suas instruções. Alguém já disse que na vida espiritual, muita oração significa muito poder, pouca oração, pouco poder e nenhuma oração, nenhum poder! Separe um horário marcado para orar diariamente e mantenhase em oração e comunhão com Deus onde quer que esteja. Ele o guiará e sua vida espiritual crescerá imensamente.
 
4. Aprenda a crer
 
Marcos 11.24 diz que tudo quanto pedirmos em oração, crendo que receberemos, assim será conosco. Hebreus 11.6 afirma: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”. Se o buscarmos com fé, a Bíblia afirma que Ele nos responderá.A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. A fé é apanhar as irrealidades da esperança e trazê-las para a dimensão da realidade. A fé dirá a respeito de si mesma tudo quanto a Palavra diz, porque fé em Deus é simplesmente fé na Sua Palavra.A fé de Tomé não é fé. Quando queremos ver ou tocar antes de crer não poderemos dizer que temos fé. A verdadeira fé é aquela de Abraão que creu contra a esperança para vir a ser pai de muitas nações. Sem ver para onde ia, saiu em obediência à palavra de Deus para ele.Eu não creio em cura porque vi alguém sendo curado. Eu creio porque a Palavra de Deus assim o declara. Precisamos aprender a crer para que não andemos ansiosos por coisa alguma. Crescer espiritualmente significa e requer crescer em fé, em experiências com Deus, em obediência a Deus, em arriscar andar na direção de Deus, em permitir que Ele nos guie, em arriscar esperar até que Ele nos direcione. Obedeça ao Espírito Santo, obedeça irrestritamente à palavra de Deus, mesmo que pareça difícil ou estranho e aprenda a por a sua fé em ação.
 
5. Aprenda a adorar
 
No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura (João 4.23).Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito,falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo. sujeitem-se uns aos outros, por temos a Cristo (Efésios 5.18-21).A Bíblia claramente afirma que nos enchemos do Espírito Santo através de nossas atitudes e Paulo destaca, em Efésios,a importância de cantar, louvar e agradecer de coração ao Senhor para sermos continuamente renovados. A adoração desenvolve fome da presença do Senhor. O lugar de comunhão com Deus não é apenas na igreja ou célula, mas em nosso coração e em nosso espírito. Somos o santuário de Deus (1Co 6.19) e crescemos ao viver um contínuo culto de adoração a Ele, andando onde quer que seja debaixo de convicção de Sua presença e em atitude de temor, devoção e louvor por tudo. Dar graças em tudo nos fortalece. Viver em murmuração nos esvazia e alimenta o negativismo e a incredulidade. Lembre-se: em qualquer culto público, dedique-se fervorosamente à adoração como um dos propósitos de sua vida. Na sua vida pessoal, separe pelo menos 30 minutos do seu para dia para ter um momento a sós com Deus.Nesse tempo, ore, adore a Deus através músicas, salmos, orações e não deixe de ler uma porção das Escrituras.
 
6. Aprenda a testemunhar
 
Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra (Atos 1.8).A nossa boca deve falar daquilo que o nosso coração está cheio. Somos chamados a testemunhar de Jesus em todo o lugar. Este é nosso desafio para 2010. Testemunhe o quanto puder, em todos os lugares e oportunidades, e veja sua vida espiritual crescendo em ousadia e comprometimento com Jesus e com seu Reino.
 
7. Aprenda a dar
 
Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês (Lucas 6.38).Algumas pessoas contribuem simplesmente por obrigação e, assim, deixam de receber o melhor de Deus. Outras pessoas contribuem meramente para receber uma bênção e, assim, deixam de receber por causa de sua motivação egoísta. Aprenda a contribuir com ofertas e dízimos e experimente o cumprimento dessa promessa em sua vida. Mas aprenda a dar também mais amor, atenção, respeito e até ajuda financeira a quem precisar, pois está escrito:Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Enão nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé (Gálatas 6.7-10).
Na lição de hoje, vimos sete princípios para crescermos espiritualmente em 2012. Vamos relembrá-los?
 
1. Aprenda a esquecer;
2. Aprenda a perdoar;
3. Aprenda a orar;
4. Aprenda a crer;
5. Aprenda a adorar;
6. Aprenda a testemunhar;
7. Aprenda a dar.
 
1. O que você pode e deve fazer para colocar em prática cada um desses princípios em sua vida?
2. Em quais deles você mais precisa investir tempo e esforços?